Fotos: LEANDRO FURINI | Texto: JOE BORGES | Produção: DANIEL KUBALACK
“Chamada a cobrar. Para aceitá-la, continue na linha após a identificação.” – Godoy, Patrícia
Quem nunca atendeu aquela inesperada ligação telefônica, sendo surpreendido por uma mágica, porém encagaçante, musiquinha ringtônica que não deixa dúvidas de que se trata de uma chamada a cobrar? Ou quem nunca necessitou se utilizar daquele noventa-noventa estratégico por falta de crédito ou outra mazela desta vida? Esta lendária modalidade de ligação telefônica, criada em 1979 pelo engenheiro de telefonia Adenor Martins de Araújo, já chegou a despertar as mais variadas emoções e expectativas. De um lado da linha, o flerte com a possibilidade de tratar-se desde um conhecido que perdeu o celular em decorrência alcóolica, e milagrosamente lembrou do seu número, até uma famigerada simulação de sequestro, tão popular nos anos dois mil, em que, diretamente de um presídio não tão próximo de você, criminosos munidos de telefonia móvel fingem que sequestraram aquela sua filha que você dá graças ao Pé Preto por nunca ter tido, que você saiba. Do outro lado, a incerteza brocadora de não saber se a pessoa vai atender ao seu clamor a cobrar chega a causar úlcera e canelite. Como forma de alertar a bomba que está por vir, uma simpática voz amacia o terreno avisando o ouvinte de que se trata realmente de uma chamada a cobrar, e que, após um robótico sinal, a pessoa que está executando-a irá se identificar e dizer a cidade de onde está falando, fato que ocorre com muita raridade, com certa recorrência de excessões entre idosos. Esta voz, que traz tanto reconforto à pessoa que recebe a chamada, já passou por diferentes versões ao longo de mais de duas décadas, sendo atualizada com certa regularidade. Dentre tantas versões diferentes, nenhuma foi tão carismática e icônica quanto a de Patrícia Godoy, que figurou como a voz da chamada a cobrar em todo o território nacional ao longo das décadas de 90 e 2000, marcando uma verdadeira era.
Fascinada com a possibilidade de estar frente a frente com a responsável pela voz que ficaria cravada no inconsciente coletivo brasilóide para todo o sempre, a entidade Zaso Corp. não tardou a iniciar suas buscas. Uma vez que Patrícia fora localizada, com vida e em sua residência, o produtor Daniel Kubalack resolveu entrar em contato com a mesma para agilizar uma visita dos zasóides até sua casa. Depois de tentativas frustradas e de alguns empecilhos, como resfriados e desencontros, finalmente obteve êxito, conseguindo agendar um horário pela noite, mais precisamente às 20h. Como de praxe, os três putos pagos se reuniram cerca de uma hora antes para tomar uma gelada e decidir os rumos do encontro. Com os preparativos devidamente agilizados, chegou o momento de contactar Patrícia através de aparelho celular smartphone, no intuito de ter a permissão de enfrentar o intenso trânsito até sua residência, no Alto da Lapa. Com o aval da protagonista, partiram confiantes. O áudio da conversa de início de trabalhos está disponível exclusivamente abaixo.
A intensidade do trânsito era comovente, mais de uma hora já se passara e os zasalhas ainda estavam na metade do caminho. Dava tempo de sobra para que Patrícia chamasse pelo menos mais três pizzas. Ao conseguirem se desvencilhar do intenso tráfego na Marginal Pinheiros, era uma questão de alguns minutos para adentrarem o zigue-zagueante bairro do Alto da Lapa. Por volta das 21h, uma hora depois do combinado, Daniel estacionava seu respeitável Ford Ka de cor branca, era o momento de encontrar Patrícia. Um ligeiro nervosismo se instaurava entre os Zasos, que não sabiam direito o que esperar, mas que levavam em consideração a simpatia com que Patrícia vinha tratando-os por meios de comunicação como Whatsapp e ligação de telefone celular.
Ao chegarem aos parrudos domínios da casa de Patrícia, e tocarem a campainha, os juvenaltas foram prontamente atendidos pela mesma, que simpaticamente veio lhes receber trajando um aconchegante róbe caseiro, afinal, a noite estava deveras fria. Ao passarem pela estreita porta de entrada do portão, foram recebidos por um enorme labrador, com quase o dobro de tamanho que um convencional. Esbanjando felicidade, Zeca veio receber-lhes efusivamente, não poderiam esperar recepção mais calorosa. Calmamente, e guiados por Patrícia e seu cão grandalhoso, adentraram a sala, depois de terem passado pela arborizada garagem, se instalando no sofá e em rebuscadas poltronas. A iluminação da casa era baixa e os móveis antigos, porém, a qualidade do mobiliário era indubitável, o que criava um clima extremamente intimista para o local. Enquanto Patrícia ia até a cozinha para buscar uma garrafinha de Original, sua cerveja predileta, os zasalhas puderam perceber que haviam mais três animais não humanos habitando o recinto. Frederico era o segundo dos seres vivos de outras espécies da casa, um gato esbranquiçado, arisco, e com trejeitos de cachorro, que a filha de Patrícia, Marina, achara em apuros na Praia da Baleia, no início do ano. A cachorra Pituca, uma espécie de vira-lata escura feito pixe e de aspecto saudável, acompanhava Patrícia para lá e para cá, um pouco mais introspectiva que Frederico. Há um pouco mais de tempo, sua filha também achara Pituca, mas dessa vez em uma favela, local onde estava prestando serviços comunitários pela ONG TETO. Apesar de não presente naquele momento, havia também Tequila, ou apenas Gatinha, como Patrícia costuma chamá-la. Naquele momento a bichana estava no andar de cima da casa, no quarto da dona, onde se acomoda todas as noites para seu merecido sono felino. Enquanto Patrícia se servia de seu beberico, os zasalhas esperavam calmamente na presença dos mascotes da casa.



Já devidamente assentada em seu confortabilíssimo sofá, e de Original em mãos, Patrícia começou a contar sua trajetória de vida, que é deveras invejável. Nascida em São Paulo, do signo de Sagitário, nossa protagonista possui 58 anos de idade, mais de 42 dedicados à labuta. Aos 16 anos, ainda na época em que estudava no Mackenzie, começou a participar de comerciais de tevê, por ser uma jovem de beleza fora do comum. Seu primeiro trabalho no mundo publicitário foi para a Coca-Cola, sendo muito bem aceita no meio. A partir deste momento, literalmente abriu a porteira, começando a imendar uma publicidade atrás da outra, seriam mais de duzentos comerciais ao longo de sua carreira, e para diversos países, sem ter que sair do Brasil. Além de propagandas, e inclusive não só atuando como também fazendo assistência de direção e edição, Patrícia também figurou em capas de revistas, como na Boa Forma, fato que seus pais não viam com bons olhos. A vida de modelo e atriz não agradava nem um pouco seu pai, que queria que ela fosse pianista clássica e concertista, batendo na tecla de que ela deveria alcançar as coisas na vida por seu esforço, e não por sua beleza. Além de ter estudado Educação Física na USP e feito ballet em Paris, inclusive sendo uma das fundadoras do corpo da dança da Universidade de São Paulo, a garota prodígio formara-se em música pela Academia Mozarteum, tendo até mesmo gravado um disco pela gravadora Copacabana, em que interpretava músicas de Afonso Felicori, isso tudo já na casa dos vinte anos de idade. Seu envolvimento com a música nunca fez com que ela deixasse de lado seus trabalhos como modelo e atriz, contrariando os desejos dos pais. Apesar de não gostar de cantar no chuveiro, segundo ela própria, é extremamente apegada à música e toca seu piano ainda hoje com certa frequência.
A entusiasta dos esquisitíssimos Talking Heads e de ritmos dançantes dos anos 70 sequer completara 18 anos quando um diretor de publicidade da época, impressionado com sua voz, pediu à ela que re-dublasse uma de suas atrizes. Até então, a única experiência que havia tido com a gravação fora para se re-dublar em um comercial em que um avião havia passado exatamente no momento de uma de suas falas, esmigalhando o áudio original. Após ter gravado, o diretor ficou muito satisfeito, sua carreira como dubladora e locutora começava a ganhar corpo. Ainda como atriz, modelo e apresentadora, fez diversos trabalhos nos anos seguintes, paralelamente à sua carreira na redoma da locução. Ainda na época de faculdade, fez parte do Programa Flavio Cavalcanti, onde apresentava notícias internacionais, na extinta TV Tupi. Na TV Cultura, participaria do programa Revistinha, enquanto na Rede Bandeirantes, dublaria personagens infantis na TV Tutti Frutti e no programa Boa Noite, Amiguinhos, ambos dirigidos pelo quadrinista e publicitário Ely Barbosa. Mas foi em outro canal brasileiro que Patrícia viveria os momentos mais gloriosos de sua carreira televisiva.
No começo dos anos 90, o Sistema Brasileiro de Televisão inaugurava o lendário jornal Aqui Agora, praticamente baseado em seu homônimo mais antigo da TV Tupi. Com uma linguagem realista, sensacionalista, fanfarrona e extremamente progressista para a época, o programa tinha muitos adeptos pelo país, contando com figuras emblemáticas como Maguila, Homem do Sapato Branco e Gil Gomes. Patrícia encabeçou o jornal por durante bom tempo, fazendo dupla com Ivo Morganti. Além de ser âncora, fazia parte de quadros específicos e vinhetas, quase sempre associados ao humor. A apresentadora conta que, durante seus tempos de televisão, a passagem pelo Aqui Agora foi a época em que mais se divertiu, tendo muita afinidade, tanto com o canal quanto com seus colegas de trabalho. Patrícia conta que tinha relação excelente com Gil Gomes, afirmando que ele era uma pessoa extremamente afável dentro e fora dos bastidores. O mesmo podia-se dizer de Maguila, que protagonizou uma das melhores cenas já vistas em sua vida. Maguila, o consultor econômico do jornal, ia saindo de cena para dar espaço para Patrícia, que observava-o de canto de olho enquanto apresentava o programa ao vivo. Foi então que, esdrúxulamente, o pugilista escorregou numa folha sulfite, caindo sobre uma bancada e esmagando consigo o médico cardiologista e político acreano, Enéas Carneiro. A desgraceira rocambolesca fez com que Patrícia caísse na gargalhada ao vivo, chegando até mesmo a ser criticada em jornais conseguintes, sendo prontamente acudida por sua amiga pessoal e beijoqueira, Hebe Camargo. Um dia que com certeza jamais poderia ser esquecido por ninguém que presenciasse tamanha bizarrice.
Paralelo ao quanto se divertia fazendo parte do Jornal, tal fase de sua vida fez com que Patrícia atingisse uma popularidade nunca antes vivenciada, o que passou a incomodá-la de certa forma. Em determinado momento, chegou ao ponto de ter que andar de guarda-costas para evitar o crescente assédio que sofria. Muito mais do que o fato de ela se sentir assediada, levava em consideração o tratamento diferenciado que seus filhos, Marina e Digo, recebiam na escola, por serem “filhos de celebridade”. Esses constantes acontecimentos levaram Patrícia a querer se afastar dos holofotes e se dedicar somente à sua voz. Querendo ou não, descobriu naquela época, já no alto de seus trinta e tantos anos, que queria contribuir com seu talento de uma maneira mais “oculta”. A saída do Jornal acabou por deixar saudades, apesar de, segundo ela, ter perdido contato com toda a equipe. Como não poderia deixar de ser, a curiosidade acerca da entidade Silvio Santos não poderia deixar de vir à tona. Segundo a ex-apresentadora, o patrão tratava-a de maneira muito boa, sem entrar em maiores detalhes. Perguntada sobre histórias polêmicas, afirmou saber de algumas, que prefere não citar, por questões éticas, claro.
Patrícia Godoy nunca deixou de fazer seus trabalhos com locução e dublagem, mesmo nos tempos em que emprestava seu rosto à televisão brasileira. Desde a época em que seus filhos eram apenas projetos de crianças, ela já passava uma grande parte de sua vida em estúdios de gravação, tendo até mesmo que amamentá-los em meio ao processo. Com a saída da televisão, pôde dedicar-se completamente à sua voz, o que fez com que mais e mais frutos rapidamente aparecessem. Já com forte nome no mercado, segundo ela sem grande concorrência, há cerca de 20 anos atrás recebeu uma proposta de trabalho para fazer as URAs da Telesp, o que acabou na realidade expandindo para todo o Brasil. As unidades de resposta audíveis são as populares vozes gravadas e escutadas em diversos serviços de telefonia e telemarketing, para que o usuário saiba de alguma informação e/ou interaja com a mesma de maneira automatizada. Este trabalho de gravação envolvia uma gama gigantesca de termos e números necessários a serem gravados. Nomes de cidades, ruas, praças e estabelecimentos por todo o país fizeram parte da missão de Patrícia, assim como gravar duas vezes cada algarismo, uma na entonação do meio de frase e outra para o final, momentos com diferenças consideráveis de execução. Enfim, um trabalho de Hércules. Durante três meses, oito horas por dia, Patrícia sentava-se ao microfone, com seu copo d’água ao lado, e seguia o roteiro de gravações. Em um determinado momento deste interminável roteiro, chegou o momento de gravar a chamada a cobrar. Sem nem saber que ficaria tão notória por conta da gravação, a profissional afirmou que a chamada foi apenas mais uma pequena parte da extensa missão de gravar as URAs de todo o Brasil. Apesar do trabalho, a nossa protagonista afirma sem titubear que gostou muito de tê-lo feito. À época, chegou a ter trinta e dois clientes diferentes, entre eles a futura Embratel, para a qual também gravou toda a rede de unidades de respostas audíveis. Atualmente, a voz da URA da chamada a cobrar mudou, é masculina e não possui um décimo do carisma que a voz de Patrícia possui. Perguntada sobre a importância da chamada a cobrar, afirmou que acha-a um recurso importante, apesar de ter recebido apenas uma ligação a cobrar em toda a vida, diretamente do Ceará, tendo desligado-a imediatamente.
Conforme a demanda de trabalho ia ficando intensa, e a experiência ia ganhando cada vez mais força, Patrícia resolveu criar seu próprio estúdio, em seu quarto, com a ajuda de seu mentor Gabriel Spaziani. Completamente inteirada da parte operacional do estúdio, operou-o sozinha por durante muito tempo, sobretudo há 15 anos atrás, época em que foi criado. Hoje em dia, prefere mandar seus áudios para que seu editor de confiança edite. Segundo ela, já não tem mais paciência para a edição. Apesar de contar com a funcionalidade de outras pessoas em seu trabalho, Patrícia é a única que opera seu estúdio, nem seus filhos – a arquiteta Marina, de 27 anos, e o futuro psicólogo Digo, de 24, – sabem como operá-lo, mesmo acostumados com tal universo da locução e dublagem desde crianças, embora nenhum deles tenha enveredado para tal caminho. Patrícia fez muitos trabalhos publicitários mas sempre teve que lidar com os problemas tradicionais da publicidade. A infinidade de briefings e cagações de regra chegaram a confundi-la por diversas vezes. Citando como exemplo as vezes em que pediram-lhe várias vozes, uma o oposto da outra, Patrícia já prefere logo mandar quatro ou mais opções para não ter erro. Já presenciou colegas surtarem com exigências publicitárias, ao ponto de abandonarem o trabalho no meio, citando um colega de profissão que chegou ao ponto de quase tacar fogo ao seu redor, numa campanha em que ele teria que dizer duas frases apenas. Equilibrada, afirmou que nunca chegou a tal ponto. Perguntada acerca de uma voz que seja referência para ela, afirmou que não tem e que acha que seu dom é a sua própria referência, mostrando auto-estima elevada. Perguntada sobre uma voz que acha bonita, disse que gosta bastante de Iris Lettieri, que ficou conhecida como a “voz do Aeroporto”. Em se tratando de algo que chateou-a em sua empreeitada profissional, afirmou em tom de confissão, e com seriedade repentina, que foi assediada por uma dos diretores com a qual trabalhou, o que deixou-a bastante revoltada, ao ponto de não querer sequer renovar o contrato. Por motivos óbvios, não quis divulgar o nome do indivíduo, afirmando apenas que era um trabalho para uma marca de sandálias. Por outro lado, em se tratando de positividade, o trabalho predileto de Patrícia Godoy foi para uma campanha de perfume chamado English Lavender, que rendeu-lhe até mesmo uma estatueta em Cannes. Infelizmente, nossa equipe não obteve acesso a tal propaganda publicitária, que, ao que tudo indica, não está armazenada nas nuvens internáuticas. Patrícia explicou que a propaganda não passava de uma bela foto do perfume e sua voz dizendo “English Lavender, para homens quase sempre ocupados”. Vixe.
Como não poderia deixar de ser, Patrícia convidou os jovens zasalhas para conhecer seu quarto/ estúdio e continuar o agradabilíssimo assunto no aposento. Uma escura escada iluminada por um lustre de lâmpada azul levava-os da sala até o quarto. O quarto de Patrícia é muito mais iluminado que o resto da casa, possuindo móveis mais minimalistas e claros, refletindo assim a luz de maneira mais forte. De frente para a escada está localizado o quarto propriamente dito, sendo que para o lado esquerdo, um tanto para atrás dos degraus, há uma bancada com um computador, uma penteadeira com os aparatos pessoais de Patrícia, com forte predominância de cristais e minerais, e um simpático cômodo de paredes amarelas, vidro com vedação sonora e um potente microfone profissional ao centro, é ali que a mágica acontece, ou seja, seu estúdio. A locutora mais querida por Zaso Corp. não poderia deixar de dar sua palhinha para os jovens, que pela primeira vez tinham acesso a tal disposição de aparatos.

Apaixonada pelo que faz, Patrícia esbanjou bom-humor e receptividade para com Zaso Corp. Após ter gravado a simpática mensagem, ainda falou um pouco mais sobre gostos pessoais e macetes em relação à sua voz. A entusiasta das cervejas Skol e Original, e que não dispensa um pró-seco, afirmou que não é recomendável para sua voz tomar nada que tenha gelo, citando como exemplo o Whisky com gelo. Ao contrário, afirmou que um conhaque é deveras valoroso quando o assunto é manter a voz em dia, mais um dos bebericos que lhe apetecem. Apesar de gostar de uma bebidinha, Patrícia tenta manter sua saúde, dizendo não beber todos os dias. Perguntada especificamente sobre a cerveja Itaipava, que tanto apetece Zaso Corp., opinou que ela não é ruim, porém muito leve para seu gosto. Praticamente uma amazona. A locutora não gosta de futebol, é grande entusiasta de filmes, sobretudo de Almodóvar, sendo que não gosta nem um pouco de faroeste e ufanismo americano. Se pudesse tomar uma cerveja com três pessoas de todo o planeta, optaria por tomar uma com três amigas suas, entre elas a presidente da Johnson & Johnson no Brasil, sua companheira constante de aventuras, que esteve recentemente em sua casa para uma sessão de yoga.
Para finalizar, os jovens quiseram saber sobre o que Patrícia vinha armando atualmente para sua vida. Segundo a simpática locutora, acabara recentemente a gravação das novas vozes da companhia aérea Avianca, que serão instaladas no dia 9 deste mês. Patrícia também citou um trabalho de enorme porte, que ainda não está confirmado, portanto, nossos especialistas não podem divulgar tais informações, perigando até mesmo morte forjada para parecer acidental. Perguntada sobre o último programa da qual participou, Patrícia disse que fora na Rede TV! para participar do programa matinal chamado Melhor Pra Você, com a presença da também icônica Regina Bittar, a presidente do Clube da Voz, associação de locutores, dubladores e interpretes da qual Patrícia também faz parte – e inclusive é uma das fundadoras. Sua amiga companheira de profissão, que dividiu o espaço da telinha com Patrícia, é nada mais nada menos que a voz do Google Translate.

Afirmando não possuir nenhum medo e muito satisfeita com aquilo que alcançou em sua carreira, não é para menos, Patricia Godoy é, e sempre será, sem dúvida alguma, uma entidade da locução e dublagem brasileira, trazendo um nível de versatilidade realmente impressionante, principalmente levando-se em consideração a quantidade de campos de atuação em que transitou ao longo de seus mais de quarenta anos de carreira.
A voz mais famosa da telefonia nacional deixa, e continuará a deixar, um legado que vai muito além do papel de avisar aos desavisados que algum teleputardo está a ligá-lo a cobrar. Não diga alô, diga o nome e a cidade de onde está falando.